terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pais em outras culturas


Pais em outras culturas
Repouso pós-parto

Em algumas tribos indígenas brasileiras, é costume o pai manter resguardo no lugar da mãe que deu à luz. São quase dois meses de descanso, com alimentação leve e abstenção de sexo. Também para ele são destinados os presentes dados pelos membros da família. Costume machista? Nada disso. É que, para essas sociedades, o pai é o responsável pela existência do filho. O bebê só cresce e se fortalece no útero materno por causa das constantes "visitas" do futuro pai à sua mulher. Esse grande esforço de nove meses de relações sexuais constantes exige repouso, para renovar as energias físicas.
Responsabilidades religiosas
Na cultura judaica tradicional, o pai é responsável pela educação religiosa dos filhos. O destaque fica para a educação do menino, que, a partir dos 7 anos, começa a aprender os rituais religiosos. Com 13 anos, o pai o leva à sinagoga, onde, depois da cerimônia conhecida como Bar-Mitzva, o garoto se torna membro efetivo e participante da comunidade. Nas famílias judaicas, exemplos de patriarcalismo, os pais recebem todo o respeito e obediência dos filhos
Tradição oral
Entre os ciganos, a figura paterna tem papel de destaque. Cabe ao pai a decisão final sobre qualquer atitude dos filhos e é ele quem supervisiona a educação que a mãe dá às crianças. É também o pai quem se encarrega de ensinar aos meninos as técnicas de comércio, forma milenar de sobrevivência do povo cigano. Numa cultura que valoriza a tradição oral, o pai tem o dever de passar para sua descendência os conhecimentos adquiridos nas gerações passadas, como tocar instrumentos musicais (acordeão, violão e violino), fazer artesanato de cobre e falar a língua de seu povo, o romanês. Também é ele quem decide sobre o casamento dos filhos. Namoro? Nem pensar. Os pais da noiva e do noivo se reúnem e definem o dote, pago pela família do futuro marido. O poder do pai sobre os filhos só acaba em caso de casamento desfeito. Nessa situação, o pai não pode mais ver os filhos pelos próximos dez anos. O fim do casamento representa o fim da paternidade.
Autor desconhecido

Como beijar na boca

Entre adolescentes o primeiro beijo gera muita preocupação, na verdade tudo isso é devido à curiosidade e ansiedade uma mistura de sentimentos que os deixam muito aflitos com o grande momento, se vão babar, bater os dentes, morder a língua, dar ânsia, enfim, para tudo isso existe os treinamentos como beijar a laranja, pegar gelo no copo, beijar no espelho, beijar a mão, ver vídeos. A boca é uma das áreas mais sensíveis do corpo ao toque e o beijo faz com que gere muitas sensações como o prazer, mas para isso é preciso estar relaxado para aproveitar o momento, o que é quase impossível para quem nunca beijou.

Não existem regras que determinam como beijar e sim algumas dicas que podem deixar o beijo muito mais gostoso e você menos preocupado. Antes mesmo de querer beijar é preciso cuidar da higiene porque nenhum beijo pode ser bom quando a pessoa não cuida de sua higiene bucal, escovar os dentes, passar fio dental, fazer bochecho e ter sempre em mãos uma bala de menta pode ser essencial para um beijo prazeroso, pois não há técnicas que resistam ao mau hálito. Quem usa aparelhos nos dentes também deve ir com calma e se empenhar na delicadeza porque se você mesmo consegue machucar a sua própria língua, lábios e bochecha com o aparelho, imaginem a boca de outra pessoa, vá com cuidado.

Não adianta você se empenhar e seu parceiro não fazer nada para colaborar, em muitos casos a pessoa até acredita que não beija bem quando na verdade é a outra que não colabora, uma dica para não sofrer com isso é fazer do beijo uma dança no qual você encaminha o outro e depois se deixa levar. À medida que o beijo for praticado você descobrirá que cada um tem um estilo de beijo e também o beijo pode variar de acordo com a situação, é isso que faz dele tão bom e prazeroso.
1º A paciência é essencial na vida no beijo não é diferente, se uma pessoa beijou mal um dia não quer dizer que ela não saiba beijar pode ser que neste dia não rolou certa harmonia, o ideal encaminhar e mostrar para a pessoa o seu beijo, assim ela poderá entrar no mesmo ritmo que você.

2º Para todas as mulheres a delicadeza e sutileza é essencial para o beijo dar certo, mas de vez em quando colocar um pouco mais de ação pode oferecer mais prazer.

3º Explore o beijo, inove, se arrisque e teste os movimentos só assim saberá qual é a melhor forma de proporcionar a seu parceiro os prazeres do beijo

Fonte: Blogers

sábado, 23 de abril de 2011

Relacionamento, Saiba como superar o fim de uma relação


Quando se vive um amor, a última coisa que vem à cabeça é o fim da relação. Entretanto, o dia do término pode chegar porque, assim como a vida, o relacionamento apresenta seu ciclo natural com começo, meio e fim.

E se este momento acontecer, não há razão para se desesperar. Basta encarar a situação e retirar dela experiências positivas que contribuam com o seu amadurecimento emocional.

Algumas mulheres se perguntam qual é a hora de colocar o ponto final no relacionamento. A psicóloga da Unifesp, Mara Pusch, afirma que o fim ocorre quando o namoro ou casamento deixa de ser saudável. "Quando uma relação acaba, na verdade, os dois sabem. Mas, um é mais corajoso para tomar a iniciativa de terminar", acredita.

A também psicóloga Sueli Castillo compartilha da mesma opinião. "Arrastar uma situação em nome de um amor onde não existe reciprocidade acaba desgastando e destruindo o que poderia ser uma lembrança positiva do que aconteceu em sua história de vida", diz. "Se apenas um ama não existe mais a relação", completa.

E se ele decidiu tomar a iniciativa do término não há motivos para acreditar que seu mundo desabou. É claro que, em um primeiro momento, é aconselhável afogar as mágoas e chorar para amenizar a angústia. O segundo passo para dar a volta por cima é retomar a vida social, reencontrar os amigos e fazer atividades prazerosas.

Passada a fase da fossa, é hora de contabilizar os ganhos e as perdas de tudo isso. "O ideal é não levar como uma ferida por muito tempo e não encarar como uma tragédia. O mais importante é refletir para analisar as responsabilidades de cada um na relação", diz Mara. Sueli Castillo, por sua vez, ressalta ser fundamental o autoconhecimento para poder superar a crise de uma forma menos dolorida.

Uma tática para se recuperar mais rápido é afastar-se do parceiro, fazendo valer a máxima "o que os olhos não vêem o coração não sente". E, apesar de muitas mulheres desejarem, é impossível riscá-lo da sua vida. "Esquecê-lo definitivamente é quase impossível, mas ter a convicção de que ele já pertence ao passado e como tal não volta é essencial", afirma Sueli. Já Mara aconselha a mulher a se dar conta de que no momento aquele tipo de relação acabou, não significando que futuramente ambos não possam voltar a se relacionar, até mesmo como amigos.

A psicóloga Mara Pusch alerta para não cometer o erro de entrar em um novo relacionamento só por entrar e tomar o cuidado de não procurar alguém apenas por auto-afirmação. Não leve seus medos de relações anteriores para um novo namoro, pois cada pessoa é um ser único que, certamente, contribuirá para construir sua vida.

Portanto, levante a cabeça, ponha sua melhor roupa e sinta-se bonita. Aproveite os benefícios que só a solteirice pode trazer, como desfrutar de total liberdade de escolha e fazer o que bem quiser sem ter de dar satisfação a alguém.

Dando a volta por cima
Quem nunca viveu um grande amor que atire a primeira pedra. Aliás, aquelas histórias de romances complicados de novela também existem na vida real.

A jornalista Hérika Dias, 24 anos, teve um amor que a marcou pelo resto de sua vida. O namoro de faculdade teve seus altos e baixos. Inicialmente, eles pareciam viver um amor de conto de fadas, porém, a separação foi bastante dolorosa para ela. "O término não foi amigável. Houve até agressão", conta Hérika.

Hérika caiu em depressão e até se afastou por seis meses da faculdade. Alguns fatores foram essenciais para que o ex passasse a ser um personagem do passado, como o apoio de amigos e familiares. "Eu estava super mal e não via perspectiva de melhora. Até que eu senti Deus. E como forma de agradecimento a minha recuperação, resolvi me batizar no catolicismo", afirma.

Apesar de o namoro ter se tornado águas passadas, ele lhe trouxe uma lição de vida. "Cresci achando que homem não prestava, até que passei a acreditar cegamente nele. Hoje, já não acredito mais nas pessoas; acho que ele tirou esta minha inocência", diz Hérika. Ela não guarda mágoas e até reconhece o valor da relação. "Tenho certeza de que foi amor e de que jamais outro namoro chegará perto da intensidade desse", afirma.

A estudante Mariana Oliveira, 24 anos, é prova de que qualquer relacionamento serve para compor a história de vida. Aos 20 anos, Mariana conheceu aquele que parecia ser seu amor eterno. Contudo, ela não imaginaria que o repentino término de seu namoro seria motivado pelo reatamento do noivado do ex com a namorada anterior.

Triste e deprimida, Mariana resolveu não procurá-lo mais. Até que foi surpreendida com o pedido de volta do ex. O que ela não contava é que, neste momento, ele continuava noivo da outra.

Após término definitivo, a estudante diz que embora toda a situação tenha feito muito mal a ela, foi a melhor coisa que já lhe aconteceu. "A mulher em que eu me transformei, a maturidade que eu alcancei e o valor que eu passei a dar para às pessoas que se aproximaram de mim depois disso foi o melhor que podia me acontecer. Dei a volta por cima, estou bem pessoalmente e profissionalmente", finaliza.

Sueli Castillo - psicóloga
Email: suelicastillo@terra.com.br

A Sexualidade Feminina

Por Ana Lúcia Pereira, Cíntia Renata Mion e Maria de Fátima P. Ramos

O desenvolvimento da sexualidade, segundo a teoria psicanalítica, não ocorre da mesma forma em ambos os sexos, em função de vários fatores de diferenciação, que procuraremos expor a seguir. 

Enquanto no homem não ocorre uma troca no objeto de amor na mulher essa troca ocorre. Ou seja, enquanto o menino desejará a mãe desde o nascimento até a interrupção do Complexo de Édipo, a menina, no decorrer de seu desenvolvimento, passará a ver sua mãe, que foi seu primeiro objeto de desejo, como rival, e sua libido será deslocada para a figura paterna. 

Na fase fálica, tanto meninos quanto meninas são dotados de falos. É nessa fase que a criança percebe as diferenças, e terá que se posicionar como homem ou como mulher, mas só depois de passar pelos complexos de Castração (menina) ou de Édipo (menino), a criança passará a se reconhecer como pessoa, inserindo-se na cultura. 

No que se refere ao medo da castração, segundo Lacan, este complexo é o exemplo da humanização da criança e sua diferença sexual e a escolha do falo como marca em torno da qual a subjetividade e a sexualidade são construídas revela que elas são construídas numa divisão que é tanto arbitrária quanto alienante. Na leitura que Lacan fez da obra de Freud, a ameaça da castração não é algo que tenha sido feito ao sujeito menina já existente, ou que possa ser feito ao sujeito menino já existente; ela é, como foi para Freud, o que “torna” a menina uma menina e o menino um menino, numa divisão que é tanto essencial quanto precária. Freud e Lacan são acusados de produzir teorias falocentristas – de tomarem o homem como a norma e a mulher como o que é diferente dele. Para ambos, na verdade, explica-se a diferença não utilizando o homem, mas o falo que o homem tem, como o termo-chave para a diferença. 

A menina percebe que o que faz a mãe diferente do pai é o falo. Esta, então, deseja tomar o lugar da mãe e ter um filho do pai. Quando percebe que o que lhe falta também falta à mãe, ela desiste de ser fálica, tornando-se mulher, identificando-se com a mãe. A castração, portanto, não é a perda do pênis, mas a perda da mãe, porque não tendo o falo como o pai, não é possível para a menina atingir o desejo da mãe. 

Levando-se em consideração essa transição de objeto que a menina passa no decorrer de seu desenvolvimento, fica evidente que a fase referente ao Complexo de Édipo não poderia ocorrer da mesma forma em meninos e meninas, e de fato não ocorre. Enquanto o menino nutre o desejo de tomar o lugar paterno; a menina, superado o Complexo de Castração, torna-se rival da mãe e deseja ter um filho do genitor. 
E é justamente, nesse momento de intensa rivalidade com a mãe e de inveja do pênis do pai que a garota precisa escolher a feminilidade em detrimento da masculinidade ou da inibição sexual (que poderá, posteriormente, transformar-se em neurose). 

Tanto no menino quanto na menina, é necessária a superação do Complexo de Édipo, para que o desenvolvimento sexual siga seu curso normal. 
Nos meninos essa interrupção ocorre em função do medo da castração, fantasia que estes passam a ter quando percebem que suas parceiras do sexo oposto não possuem falo e também em função das perdas afetivas que enfrentam (por exemplo a perda do seio materno). Na meninas, que aceitam a castração como fato consumado, estando portanto isentas desse medo, porém nem sempre da frustração por não possuir falo, o Complexo de Édipo é interrompido quando percebem que nunca ganharão um bebê de presente do pai. Em ambos os casos, a intervenção do pai, contribui para a quebra da relação mãe-genitora, inibindo o desejo incestuosos dos filhos pela mãe. 
A troca do objeto de desejo não é a única transição pela qual passa a menina no decorrer do desenvolvimento de sua vida sexual. Outra importante mudança é a transferência da função erógena principal do clitóris para a vagina. Enquanto os meninos começam desde muito jovens a obter prazer através da manipulação do pênis e nunca mais abandonam essa prática, as meninas masturbam-se através do clitóris. Somente com a puberdade ocorrerá recalcamento do clitóris e a excitabilidade proporcionado por este será transferido para outras zonas do corpo, principalmente para a vagina. Essa transferência foi denominada, por Freud, como passagem da fase de caráter masculino (tendo em vista que o clitóris foi por muito tempo considerado, tanto por meninos quanto por meninas, como um pênis atrofiado ou em desenvolvimento) para a fase de caráter feminino. 

Levando-se em consideração as transições citadas, que ocorrem no decorrer da mulher, verificamos que o desenvolvimento sexual feminino é marcado por diversos conflitos, talvez em maior quantidade e intensidade que o masculino. Freud afirma que tanto a transferência do objeto amoroso da mãe para o pai quanto da zona de excitabilidade do clitóris para a vagina podem marcar o desenvolvimento da histeria na mulher. Talvez esses fatores expliquem porque esse tipo de neurose ocorre predominantemente em indivíduos do sexo feminino, pois na transição de seu objeto amorosa da mãe para o pai, a menina pode abdicar de sua sexualidade, optando por inibi-la, o que poderá dar origem a neurose. 

Também existem casos de mulheres que não conseguem fazer essa transição, não obtendo orgasmos vaginais, permanecendo o clitóris como principal ou única zona erógena. Alguns psicanalistas interpretam tal fato como uma fixação na fase de caráter masculino, ou seja, a mulher não conseguiria superar o complexo de inferioridade pelo fato de não possuir um pênis, prejudicando inclusive a passagem para Complexo de Édipo, que tem como função preparar a menina para seu papel posterior. Em alguns casos esse complexo de masculinidade pode levar ou à homossexualidade ou a uma vida conjugal heterossexual insatisfatória. 

Outro fator que pode ocasionar infelicidade nos relacionamentos amorosos na vida adulta esta relacionado as mulheres que encontram dificuldade em superar a fase de enamoramento por seus parentes consangüíneos (primeiros a quem ela prendeu a amar) e em conseqüência tornam-se esposas assexuadas. Algumas procuram amenizar este problema casando-se com homens bem mais velhos, que lembram-lhes a figura paterna e ajudam a suprir sua excessiva necessidade afetiva. 

Muitos autores lembram a influência que fatores anatômicos, biológicos e sociais exercem na diferenciação da sexualidade no homem e na mulher. Freud, todavia, embora não desconsidere tais questões, as considera insuficientes para definir o que é masculino ou feminino. Daí o estabelecimento de sua teoria da evolução libidinal, que procuramos, sucintamente, expor neste trabalho. 

REFERÊNCIAS 

MITCHEL, J. Psicanálise da Sexualidade Feminina. Rio de Janeiro: Campus, 1988. 

Psicologia, Ciência e Profissão 1997, 17, (3), 20-27 Olivia Bittencourt Valdivia – Revista 
do CRP 

VIDA CONJUGAL NA ERA MODERNA


VIDA CONJUGAL NA ERA MODERNA

Benedicto Ismael C. Dutra



Nesta estressante fase em que vivemos, quando se fala em vida conjugal toca-se num dos mais delicados aspectos da problemática humana. Não por acaso o índice de separações e divórcios é um dos mais elevados nas estatísticas sociais. De fato, não deveria ser assim. Reza a tradição que os casamentos se realizam no céu, mas se assim fosse não haveria motivo para tantas separações, não raro marcadas por incontido despeito e por vezes até ódio. São tantos os fatores que concorrem para a desarmonia entre um casal que dá para desanimar. Isso nos leva a questionar se não seria melhor inventar outra forma de união que fosse mais compatível com os tempos atuais.

É uma reflexão importante na medida em que as separações provocam um outro tipo de problema social: o da formação das novas gerações que sofrem com esses conflitos. É cada vez mais elevado o número de crianças que vivem em lares desfeitos e que se sentem desamparadas e debilitadas. A proposta original do casamento era a de que os cônjuges deveriam se complementar e cooperar um com o outro, estando vigilantes quanto às próprias fraquezas e sendo mais tolerantes com os defeitos do companheiro para poder superá-los. Mas não é isso que se observa, atualmente, na maioria das uniões. Talvez porque há falta de preparo para a vida, o que cria muita fantasia a respeito do casamento. Os problemas começam a aparecer justamente quando a fase da fantasia passa e se inicia a realidade, surgindo junto com ela a intolerância e o desencanto.

Entre os fatores que mais contribuem para a desarmonia é, sem dúvida, o aspecto econômico, somado à influência dos meios de comunicação que pregam um consumismo exagerado. Artigos na mídia, programas de televisão e as campanhas publicitárias induzem a um consumo excessivo de produtos, muitas vezes desnecessários, seduzindo as mulheres através da sua vaidade. Os homens, de outra parte, sentem-se ameaçados pelo aumento dos gastos de suas companheiras. Muitos, inclusive, têm verdadeiro horror aos shopping centers e supermercados. Eles chegam a ficar desesperados para ir embora logo, temendo o tamanho da conta. 

Em alguns casos esse temor até se justifica pois há mulheres do tipo “gastonas” que estouram o orçamento todos os meses, deixando o marido aflito. Em contrapartida, muitas mulheres sofrem com os maridos do tipo “mão de vaca”, que não as deixam gastar nada e nem lhes dá dinheiro, decidindo eles próprios o que comprar. Por vezes as mulheres agem como se fossem donas de seus esposos. Mandonas, não permitem que eles façam nada na casa. Ou então são eles que se julgam donos do mundo e nunca dialogam com suas mulheres sobre trabalho, negócios ou dificuldades.

A situação piora quando existe a interferência dos pais ou outros parentes nos assuntos do casal. Nesses casos, por maior que seja a boa vontade e cuidados, os resultados costumam ser desastrosos. Assim a situação pode ficar muito difícil. Figuradamente, a mulher não pode colocar espinhos sob o lençol do marido e nem pedras em sua comida, e o homem, de outra parte, não pode tratar sua esposa com grosseria e nem pretender fazer dela sua empregada.

Mas é o que invariavelmente se observa em muitos lares. O dia a dia atribulado, trânsito insuportável, inúmeras contas para pagar, hostilidade e competitividade no ambiente de trabalho, e tantos outros aborrecimentos contribuem para tornar as pessoas ainda mais irritadas e pouco dispostas ao diálogo e ao entendimento. O desgaste é enorme, o estresse inevitável. Finda o dia e ambos chegam em casa cansados, buscando a tranquilidade, mas o que encontram é mais tensão. Ao invés da tão sonhada compreensão, surge, de ambas as partes, mais reclamações e cobranças de um com o outro. Que tristeza! Que péssimo ambiente criaram dentro do lar, para si próprios e para seus filhos! 

Quando o egoísmo, a impaciência e a falta de compreensão e de cooperação mútua imperam, nenhum relacionamento pode ser possível. É chegada a hora de homens e mulheres pararem com essas atitudes que não levam a lugar algum e só geram infelicidade, e voltarem a cultivar sentimentos nobres como o amor, a solidariedade e a lealdade. É apenas sobre esses alicerces que será possível construir um casamento no seu mais verdadeiro e completo sentido, em que ambos estejam comprometidos um com o outro, contribuindo para o crescimento como seres humanos. Dessa forma estarão semeando paz e alegria dentro dos seus lares, que acabará se refletindo também nas suas relações com seus filhos, com parentes e com a sociedade de uma forma geral. É através dessas pequenas transformações que as grandes mudanças acontecem. Se é paz e felicidade que você almeja, que tal começar dentro da sua própria casa? Faça a sua parte, que o universo fará o resto.


* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Colaborador de importantes jornais, coordenador dos portais Library e Vida e Aprendizado. Realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida, da busca pela boa formação pessoal e do contínuo aprendizado, indispensável ao aprimoramento humano. Autor dos livros: "NOLA, O MANUSCRITO QUE ABALOU O MUNDO" – Editora Marco Zero/Nobel, "CONVERSANDO COM O HOMEM SÁBIO", "O SEGREDO DE DARWIN" e "2012… E DEPOIS?", diponíveis na livrariacultura.com.br e asabeca.com.br.
Comentários:



Simone Dutra (simoned22@uol.com.br) comentou em 23/08/2009 - 22:08:59

Sobre o artigo, se eu puder fazer uma crítica , sendo que ja fui casada e ja sou divorciada...esse teu artigo pode vim a bagunçar a cabeça de algumas pessoas.. 
estou tentando ajudar, na minha qualidade de Mulher 
ele fala lealdade mas misturou assuntos de economia, junto 
e na minha opiniao, Deveriam ser dois artigos. 
O Matrimonio só tem validade e valor perante Deus se houver um amor intenso e verdadeiro e brilhante, das duas partes. 
Nao adianta ficar casado com uma pessoa por conveniencia, financeira,ou qualquer outro tipo, isso nao traz felicidade a nehuma das partes. 
Traz angustia e acorrentamento de liberdade e progresso para cada pessoa. 
A Harmonia se faz, quando há um legitimo amor entre os dois, tal qual, flame como um motor aquecido em trabalho e movimento. 
Sendo o contrario a uniao fica sem sentido, sem brilho, perde a energia e vivacidade que Deus deseja. 
Essa é a minha contribuiçao para esse artigo conforme minhas vivencias e Aprendizado e Hoje posso dizer que Sou feliz !

A SEPARAÇÃO CONJUGAL E AS SUAS ETAPAS

A SEPARAÇÃO CONJUGAL E AS SUAS ETAPAS

* Roque Theophilo

A separação conjugal ocupa na escala desenvolvida pelos especialistas em Estresse da Universidade de Washington, Holmes e R. Rahe, valor ou nível de ponderável em nossa vida.

Cada acontecimento é medido como uma Unidade de Mudança de Vida (UMV).

Vejamos como é avaliado:



ACONTECIMENTO UMV
MORTE DO CÔNJUGE 100
DIVÓRCIO 73
SEPARAÇÃO MARITAL 65


Portanto enquanto a morte do cônjuge ocupa 100 UMV, o Divorcio 73 UMV e a Separação 65 UMV.

Daí se conclui que a separação conjugal gera um estresse com valor em UMV bem próximo ao da morte do cônjuge.

Os mecanismos psicológicos que geram a separação tem um ciclo que pode ser assim conceituado:

1 - AS PRIMEIRAS SEMANAS

É normal que nas duas primeiras semanas de separação surja uma sensação estranha de perda com uma repercussão psicológica de confusão e com um total descontrole emocional, com dificuldades para voltar a rotina normal do trabalho e dos hábitos de vida. Se recomenda não negar esta parte do processo, não reprimir-se, não bloquear-se, muito pelo contrário: é aconselhável deixar fluir o sentimento de perda, desabafar cada vez que sentir ímpeto, falar da pessoa que se separou mas deve haver uma precaução para que não sejam cultivados nesta primeira etapa que tendem a aparecer pensamentos e sentimentos de culpa, rancores e tendência a depressão.

Estes aspectos devem começar a processar, como ponto de partida para poder superar e vencer o "duelo" e iniciar assim, de forma digna e adequada, a reconstrução da vida pois que apesar do evento separação ela continua.

É muito importante ter em conta, durante essas primeiras seis ou oito semanas, de se abster de tomar decisões importantes que podem ter conseqüências funestas em futuro próximo, ou a médio prazo, como: vender a casa, liquidar um negocio, trancar matrícula em cursos, trocas drásticas nos hábitos e na rotina de vida e, etc.

Deve dar um prazo conveniente para novas relações afetivas sentimentais pois que da mesma forma quando perdemos por falecimento alguém muito próximo nos tornamos estressados, fragilizados, sensíveis e impressionáveis.

Tudo deve ser encarado como normal e lógico e devemos ter em mente que estamos diante de um evento humano e não diante uma enfermidade, e portanto tudo é normal e lógico

2 - O primeiro ano.

Também deve entender-se como parte normal do processo que, de vez em quando, surgem algumas recaídas no ânimo embora com duração mais curta de períodos de tristeza e de depressão, que aos poucos vão se espaçando, embora em alguns casos estas recaídas surgem por espaços mais longos, e paulatinamente sua intensidade será um pouco menor; em caso de continuar apresentando fortes e intensas etapas depressivas, é aconselhável consultar um especialista.

Nesta etapa do primeiro ano, mais ou menos, devemos ter em mente que não é padrão em todos os casos e que nem todas as pessoas demoram o mesmo período de tempo. Dissemos que durante o primeiro ano é normal que se apresentem períodos difíceis, que coincidem quando surgem efemérides importantes tais como natal, fim de ano, datas natalícias; em alguns casos, o primeiro aniversário é especialmente lembrado e não devemos estranhar as manifestações emocionais que podem se apresentar, estas não significam necessariamente que o ajustamento não esta sendo processando, e tampouco significa que foram destruídas as vitórias conquistadas até o presente momento. Estas recaídas costumam ser de curta duração e por alguns dias se conseguirá tomar o rumo normal de vida

Podemos levar em consideração que criar "cicatrizes" não significa esquecer e nem "deixar de amar ", será más fácil adaptar-se, entender e aceitar que se podemos sobreviver, e que a vida deve continuar que há outras pessoas em nossa volta que também são importantes para nós. Durante esta etapa inicia-se a reacomodação a novos eventos e etapas, reencontrando-se e reordenando a vida.

Durante este primeiro ano, podem iniciar-se novas oportunidades, novos compromissos profissionais e a predisposição de elaborar novos planos de vida, com maior dignidade.

Que a nova vida seja una maneira de mostrar ao ausente que a força de vontade de lutar nos colocou novamente em pé lembrando a velha canção "Levante, sacode a poeira e passe por cima".

3 - A partir do primeiro ano.

Em nenhum momento, e por nenhum motivo, devemos sentir-nos culpados de iniciar uma nova vida conjugal.

Façamos a seguinte reflexão: Se pudéssemos perguntar ao nosso ex. companheiro(a): "Você está de acordo que eu reconstrua a minha vida? Com certeza ele(a) diria: "Renove sua vida, siga adiante, quero ver você ter reencontrado sua alegria de viver, e não me faças sentir culpado(a) de ter destruído sua felicidade. Eu estou bem, nada me angustia, nada me preocupa, nada me importuna. Consideremos que o luto é muito mais diferente do que se levar uma roupa preta, uma pessoa vestida de roupa colorida e que honra com amor, com dignidade e com respeito a memória de seu parente falecido, mostra uma respeito mais leal do que alguém vestido totalmente de preto e que internamente não respeita e nem dignifica sua saudade. Nesta terceira etapa, mais ou menos a partir do primeiro ano, normalmente nos vamos reintegrando familiar e socialmente.

Algo muito importante começa agora: que o conhecimento de que se é possível sobreviver, e o descobrimento de que se é possível seguir adiante.

Reconhecemos agora, dentro de nos, o valor e a inteireza que necessitamos - conhecer o verdadeiro significado do amor, a tolerância, a compreensão e a paciência.

Reconhecemos agora o que significa a superação de um processo triste doloroso, e que já temos vivido e sobrevivido a uma gravíssima situação traumática e emocionalmente muito estressante e, portanto, somos e devemos ser pessoas mais maduras e mais fortes espiritualmente.



PÍLULA DA FRATERNIDADE

Na separação não cultive ódio pois que ele não cabe em grandes mentes Aquele que perde uma relação amorosa perde muito, mas aquele que perde a fé perde tudo.

Na crise da separação prepare a sua mente nos dias melhores que virão


* Psicólogo e Jornalista Profissional, é autor do título « O Amigo Psicólogo ® ». Presidente das Academia Brasileira de Psicologia e Academia Internacional de Psicologia, e um dos pioneiros da Psicologia no Brasil.

A DOR DA SEPARAÇÃO CONJUGAL


* Roque Theophilo

Introdução

A partir do artigo "A SEPARAÇÃO CONJUGAL E AS SUAS ETAPAS", que se encontra em O AMIGO PSICÓLOGO ®, surgiram muitas solicitações, quer por carta, ou por e-mail solicitando-me para que fosse escrito um artigo analisando o tema do motivo que leva os cônjuges a ter grande dificuldade para vivenciar a separação.

Enquanto o casamento perdura é comum haver entre os cônjuges atritos, que por não serem devidamente resolvidos, vão se transformando em mágoas sendo que muitas delas permanecem de forma indelével e que não se apagam mais.

Considerando que a premissa cultural de que uma relação conjugal deve ser eterna enquanto o casal vive acrescido da pressão social de que a separação é para muitos um fracasso surge daí a dificuldade dos cônjuges em aceitarem o rompimento.

Toda separação enseja psicologicamente um sentimento de desamparo proveniente da perda do cônjuge.

Um cônjuge durante o período de convívio harmonioso projeta no outro seus sonhos, fazendo da pessoa amado um objeto ideal e perfeito.

Quando ocorre o epílogo do casamento, surgem as frustrações e decepções, levando o casal a buscar no Judiciário o cumprimento dos deveres inerentes à condição de casados.

O início da discórdia

"Se você continuar a me tratar assim, o único jeito é a separação". Esta ameaça dita precipitadamente não é pressentida pela dor que um ser humano sofre com a separação.

Após o desenlace começam a surgir mecanismos de sentimentos de culpa.

A falência de um casamento não se dá de uma hora para outra. Trata-se de um longo processo para o qual contribuem os parceiros com suas dificuldades pessoais. A verdadeira causa da culpa, numa abordagem psicológica, é subjetiva e se constrói, quase sempre, com a participação de ambos.

Assim, seria imprudente imputar a aparente culpa por um comportamento que pode ser o reflexo da atitude do outro ou a projeção de um problema do outro.

Os autos questionamentos

Normalmente iniciam-se as perguntas sempre com um raciocínio embasado na autocomiseração e no sentimento de culpa produto de baixa-estima:

"O que fiz para merecer isto?" "Porque não consegui que ele ficasse comigo?" "Não sou suficientemente inteligente (bonita, nova)"; "Era muito ciumenta (excessivamente dedicada ao trabalho, aos filhos)", etc... .

Em resumo, procura-se praticamente desculpar a outra parte.

No plano psicológico, a separação torna os cônjuges confusos e vulneráveis.

A separação passa a causar maior frustração caso quem tenha sido abandonado possa ter vivido experiências difíceis: conflitos, ou a sensação de não ter sido suficientemente amado.

A separação abre as feridas não cicatrizadas, e as deixa expostas. Mesmo assim, é possível sair-se mais forte desta experiência.

A palavra-chave é reagir e a pessoa não deve titubear em pedir auxílio, principalmente quando a pessoa sentir-se incapaz de ultrapassar a situação sozinha. Recomenda-se consultar um psicoterapeuta. para superar a crise.

Alguns ingredientes podem amenizar a dor da separação

1) Evitar a solidão e o isolamento para estabelecer convívios humanos. Naturalmente devem ser pessoas de alta confiabilidade, maduras, e que possam conduzir o sentimento de perda de forma salutar;

2) Infundir na mente que a vida não acabou. Com efeito, nunca é tarde para novos encontros;

3) Algumas pessoas logo após a separação saem desenfreadamente para procurar outro (a) parceiro (a) para esquecer e apagar as más recordações.

É importante que não se deve escolher o novo (a) parceiro (a) para vingar-se do antigo parceiro. Por outro lado, não é interessante entrar imediatamente numa relação estável porque a carência afetiva mascara a observação serena dos comportamentos de outra pessoa.Mais tarde, após a cicatrização da perda, será possível construir uma nova história de amor, com bases sólidas.e sadias;

4) O envolvimento sexual deve ser bem dosado porque após a crise é comum ocorrerem falhas e distúrbios do equilíbrio sexual. Como, por exemplo, sentimentos de angústia ao ser feita a comparação do atual pelo antigo parceiro (a). Se tais problemas surgirem durante as primeiras relações sexuais com um novo parceiro, não se aflija,porque é normal e há necessidade de um período de adaptação.

6) Evitar o jogo maldoso de provocar ciúmes para o "ex", pois que tal comportamento além de não levar a nada depreciará a pessoa com o novo parceiro (a);

7) Aproveitar a recente liberdade para exercer novas atividades de lazer. Pode acontecer que pelo sentimento de perda, nos primeiros momentos, pode diminuir a motivação mas tudo depende de um esforço;

8) Atividades de grupo permitirão fazer novos conhecimentos, alargarão o círculo de amigos e, quando se sentir novamente disponível, talvez encontre um parceiro com interesses comuns;

9)Investir na vida profissional é uma solução clássica e eficaz! Com efeito, permite reagir ao desgosto e, ao mesmo tempo, proporciona satisfação imediata: sucesso e eventual aumento de salário. Este reconhecimento contribuirá para levantar o moral e recuperar a autoconfiança;

10) Evitar as queixas do antigo parceiro (a) pondo o dedo na ferida, pois que além de envolver a mente em sentimentos inferiores, pode entediar as pessoas que estão dispostas a ajudar;

11) Evitar a constante formulação de sentimentos de que tudo acabou por sua culpa;

CONCLUSÃO

Graças a humanização cada vez mais presente no Direito, não cabe mais, principalmente nas separações consensuais, vivenciar a culpa conjugal, e sim estabelecer o raciocínio que o casal está buscando, o bem-estar.Embora tendo optado pela união matrimonial, após algum tempo de convívio perceberam que a mesma não era a melhor forma de uma vida em comum, e assim cada um respeitando sua liberdade e dignidade do outro foram procurar um novo alento para uma vida afetiva sentimental.

Em suma, os conflitos psicológicos, os desajustes, os desníveis culturais, as interferências de familiares de forma indevida, a incompatibilidade sentimental, ou sexual, e até pode acontecer que de um momento para outro possa despontar o desamor, principalmente, quando o casal elaborou a união sem a devida maturidade (um dos eventos que contribui em muitos casamentos é o nascimento dos filhos, quando a esposa dedica-se mais aos filhos e provoca ciúmes no esposo, sendo um dos motivos para o rompimento do casamento).

É certo que o casamento exige certos sacrifícios para que possa subsistir, entretanto não é cabível renúncias que ultrapassam a sensibilidade e a natureza do ser humano.



(a palavra cônjuge foi distinguida para identificar aqueles unidos pelos laços do matrimônio. Interessante atentar para a semântica da palavra cônjuge:jugum era o nome dado pelos romanos à canga aos arreios que prendiam as bestas às carruagens. O verbo conjugare de [cum jugare] significa, entre outros sentidos, a união de duas pessoas sob a mesma canga, donde conjugis quer dizer jungido ao mesmo jugo, ou ao mesmo cativeiro)[voltar]


PÍLULA DA FRATERNIDADE

QUANDO O CASAMENTO FOR ENCARADO POR VOCAÇÃO COMO A ESSÊNCIA DE UM IDEAL NOBRE, TODOS OS ENTRAVES SERÃO SUBLIMADOS.

Psicoterapeuta e Jornalista Profissional, é autor do título « O Amigo Psicólogo ® ». Presidente das Academia Brasileira de Psicologia e Academia Internacional de Psicologia, e um dos pioneiros da Psicologia no Brasil.

Fonte:  http://www.psicologia.org.br/internacional/ap39.htm
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